Livro 33: O Inimigo de Deus - Bernard Cornwell

17:52

Ufa! Terminei! Esse "O Inimigo de Deus" foi mais suado para concluir do que 'A Divina Comédia'. Permitam-me explicar os motivos:

[caption id="attachment_375" align="aligncenter" width="660"]As capas dessa trilogia são todas muito fortes. Adoro isso! As capas dessa trilogia são todas muito fortes. Adoro isso![/caption]


  1. Preparativos para férias e Bienal do Livro (Sim. DPL estará lá, meu povo!! Curtindo - se tudo correr bem - Sophie Kinsella, Colleen Houck, encontro de blogueiros e o que mais tiver direito!);


[caption id="attachment_376" align="aligncenter" width="660"]Deus! Faça com que meu livro chegue a tempo e que eu consiga uma senha pro autógrafo!! Deus! Faça com que meu livro chegue a tempo e que eu consiga uma senha pro autógrafo!![/caption]

2. Mad Men - MALDITA SÉRIE MUITO BOA QUE DESVIOU MEU FOCO LITERÁRIO (superindico!)

[caption id="attachment_377" align="aligncenter" width="660"]Já estou na QUINTA TEMPORADA e não consigo paraaaar!!! Já estou na QUINTA TEMPORADA e não consigo paraaaar!!![/caption]

3. Cornwell é MUITO bom, maaaas... Eu não estava na vibe das batalhas entre Bretões, Saxões, Irlandeses e etc etc. Elas são ÓTIMAS, muito bem narradas, mas tem dias que essa não é a pegada.

[caption id="attachment_378" align="aligncenter" width="660"]Tá... no meio pro final eu voltei a amar essas lutas todas. Confesso. Tá... no meio pro final eu voltei a amar essas lutas todas. Confesso.[/caption]

Enfim... Muitas distrações, viu?! Bora pra resenha logo!

O escolhido dessa semana é o segundo volume das Crônicas de Artur (a resenha do primeiro, 'O Rei do Inverno,você confere aqui).

Este livro retrata, a partir do ponto de vista de Derfel (um cavaleiro Saxão, de origem humilde), o maior de todos os heróis - Artur Pendragon - como um poderoso guerreiro que luta para manter unida a Britânia, no século V, anos depois da saída dos romanos.

Porém, se por um lado o país parece unificado politicamente e a 'paz' consegue durar dez anos, por outro a luta entre os deuses antigos e o cristianismo divide o povo.

Diante da propagação da nova fé, o druida Merlin (que aqui é 50% um velho MUITO louco sarcástico e 50% um sábio) se empenha em uma busca pelos tesouros bretões, entre eles o Caldeirão Sagrado - objeto mágico poderoso, capaz de trazer de volta os antigos deuses e aniquilar os saxões e os cristãos (e que dá um trabalho desgraçado para ser encontrado e depois volta a ser um mistério).

Nesse meio tempo, Derfel, nosso querido protagonista -e um dos únicos personagens dessa história toda que eu realmente gosto - se casa com sua amada Ceinwyn (sim. alguns nomes são impronunciáveis e eu tenho até que consultar no livro para escrever aqui) e começa sua família.

Gostei bem dessa evolução pessoal de Derfel durante 'O Inimigo de Deus'. Isso e a trágica história de amor de Tristão e Isolda (que não tem nada a ver com o filme, mas tudo bem) foram os pontos altos do livro, para mim.

[caption id="attachment_379" align="aligncenter" width="640"]Como eu AMO essa história, gente! (E choro muito, sempre. Chorei lendo aqui também) Como eu AMO essa história, gente! (E choro muito, sempre. Chorei lendo aqui também)[/caption]

" - Ah! Mas você não gostou do fato de Artur estar cada vez mais forte e ter sido aclamado Rei?"

Na verdade... não tanto. É legal, ok... mas eu já estava esperando essa hora, né galerê!

Sabe qual a minha impressão? Que por ter lido alguns volumes das 'Crônicas Saxônicas' ANTES de ler as 'Crônicas de Artur', estou achando a narrativa bem arrastada. Não dá pra dizer que é ruim, porque Cornwell é imbatível na arte de escrever sobre História inglesa. Mas em alguns momentos, confesso que "pesquei".

É do meio para o final que fica realmente BOM. A leitura ganha um ritmo sinistro e você se empolga de vez com os personagens principais e, consequentemente, o desenrolar de suas tramas. Fiquei ainda mais à flor da pele com meus sentimentos em relação a alguns deles. Exemplos:

  • Desde 'Brumas de Avalon' eu detestava a Guinevere. Nessas 'Crônicas de Artur' então! Arrelia total!! A única qualidade redentora dessa mulher é o culto a deusa Ísis - que eu acho magnífica - e mesmo isso nela é extremamente duvidoso. Coitado do Artur e sua testa!

  • Artur me irrita pela "inocência" extrema. Ele é 'frouxo' em muitos momentos, um total idiota em outros e, na maioria das vezes, é uma marionete dos juramentos que ele mesmo fez ou inventou para que os outros fizessem. Ainda bem que não é ele contando, senãZzzzzzzzzzz


[caption id="attachment_380" align="aligncenter" width="300"]Preguiiiiiiça do senhor, Artur. Preguiiiiiiça do senhor, Artur.[/caption]

  • Lancelot é um completo filho da puta! Inescrupuloso, covarde, mentiroso, ardiloso! Odiei ele MUITO do início ao fim desse livro e achei um bem-feito ENORME a Ceinwyn largar ele "no altar" para ficar com o Derfel (e não. Isso não é spoiler).

  • Samsum é o tipo do clérigo que você quer que MORRA enforcado nas próprias tripas (Revolução Francesa eu, né? hahahaha). Sim. ele é outro que eu odeio demais! Só faz para ser víbora e desvirtuar toda a premissa amorosa e caridosa do verdadeiro Cristianismo.


Em resumo... Gostei, mas sou mais Crônicas Saxônicas. Vamos ver se o último volume -  "Excalibur" - faz as honras do nome e fecha bem a trilogia...

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