Essa foi a resenha mais atrasada da História dessa blog =x Não me orgulho disso...MAAAAS estamos aqui, com um dos livros mais lindos, emocionantes (e que eu queria que fosse baseado em fatos reais) de TODOS: O Palácio de Inverno.

Esse livro, meus amados Depressivos e Depressivas fala sobre o fim de uma Era, de uma dinastia...dos Romanov - a última família imperial Russa.

Quem aí viu Anastasia, sabe de quem eu to falando.

Diferente do filme da Disney, a história aqui é contada a partir da perspectiva do Geórgui Jachmenev - um Mujique (camponês) russo que, ao salvar a vida do primo do Czar, tem a sua vida completamente transformada.

Saído de uma aldeiazinha do interior, ele se torna o guarda-costas oficial do Czaréviche Alexei Romanov - o herdeiro do trono.

Uma reviravolta impressionante, que o levou da taiga russa para o fausto dos palácios moscovitas, cenário que, apesar da amplidão e luxo de seus imensos corredores, iria se revelar bem mais inóspito que os frios grotões de sua vida anterior.
A dura experiência com esse mundo gélido de intrigas palacianas, às quais sempre era jogado contra sua vontade, e de grandes tensões e responsabilidade só foi apaziguada com a chegada do primeiro amor, Zoia. 
Mas os tempos eram agitados, e a história deixou pouco espaço para idílios: quando a Revolução Bolchevique tomou de assalto o país, e isolou toda a família do czar numa casa de campo nos arredores de Ekaterinburg, mais uma vez Geórgui teve de agir rápido a fim de salvar a si e a Zoia. A vida com ela lhe custaria pátria, família e prestígio, e ele jamais se arrependeu disso - mas e para Zoia, o que teria custado?

A trama é contada em duas frentes: o passado na Rússia, a vida palaciana, e o primeiro amor; e a velhice do protagonista, o refazimento junto à esposa no pós-Revolução, os problemas domésticos, o trabalho e etc.

Bem verdade que o livro demora a "engatar a primeira", sabem? Eu comecei achando que iria me decepcionar...Sempre ouvi falarem muito bem, e nas primeiras vinte páginas e fiquei tipo Zzzzzzzzzzzzzz.

Mas ao longo dos capítulos a coisa vai ficando MARA. Primeiro porque eu AMO a história dos Romanov (e sofro com seu fim. Péssimo governante ou não, o Czar foi massacrado juntamente com toda a família!)

O que é mais interessante na obra é que seus dois momentos - Géorgui adolescente e idoso - são trabalhados de forma a se cruzarem em um ponto CHAVE para a conclusão da história (que eu não posso contar, senão darei o maior spoiller da face da Terra). E isso torna a leitura extremamente compensadora!

Chorei no fim. Um bom tanto. E indico a TO-DOS!!!