Livro 32: Vidas e Vindas dos Ciganos Espirituais - Elizabeth da Cigana Núbia

14:01

Salve o povo Cigano! Salve o meu povo! Salve Santa Sara Kali!

Quem me conhece sabe a minha imensa paixão pela cultura cigana. É tanto amor que carrego tatuado na pele!

[caption id="attachment_370" align="aligncenter" width="300"]'O Manusha Khevelan Tut' - O povo (cigano) te faz dançar 'O Manusha Khevelan Tut' - O povo (cigano) te faz dançar[/caption]

Sei que nunca deixei explícita minha religião por aqui (o blog não é para/sobre isso, então... vocês entendem, certo?!), mas como li e continuarei lendo obras desse gênero, é bom deixar claro que sou espírita, acredito em reencarnação e - acima de tudo - na beleza que é a vida como um infinito de possibilidades, já que creio na eternidade da nossa alma.

(Se você se incomoda com o tema, ou não acredita nele...pode pular pra resenha da semana que vem, sim? Voltarei à ficção, prometo)

Enfim... Estava pesquisando novas leituras, mais específicas do assunto quando apareceu 'Vidas e Vindas dos Ciganos Espirituais', da maravilhosa Elizabeth da Cigana Núbia.

[caption id="attachment_371" align="aligncenter" width="660"]Essa capa é MUITO linda Essa capa é MUITO linda[/caption]

Foi providencial! Era tudo que eu precisava ler no momento (obrigada mais uma vez espiritualidade amiga. Obrigada ciganaria!) e, durante o processo, foram muitas lágrimas de uma saudade que as palavras no blog jamais vão conseguir explicar!

A história

Esse livro conta de uma maneira breve e muito fluida as histórias de vida de 44 ciganos e ciganas que passaram pela nossa mãe Terra. O que aprenderam, sofreram , ensinaram... Não é como 'Esmeralda', ou 'A Rainha Descalça' (outros dois livros muito amados que contam a fundo a cultura cigana - o primeiro, de forma romanceada e espiritualista, o segundo da forma nua e crua como o preconceito atingiu os clãs ciganos na Espanha/Portugal).

'Vidas e Vindas dos Ciganos Espirituais' é mais uma obra para quem quer entender melhor a individualidade de cada cigano e cigana no mundo espiritual, para os médiuns que tem esses amigos do outro lado, para quem quer conhecer o trabalho de amor e caridade que os clãs gitanos desempenham.

Muito preconceito e ignorância existe nesse sentido. Muita mistificação e distorção. Como em toda área, o ser humano é tão capaz para o bem, quanto para o mal e essa dualidade do ser pode se mostrar muito prejudicial no que diz respeito à religiosidade.

No que toca às entidades ciganas, muito incompreendidas e desrespeitadas como foram durante sua vida terrena, o preconceito é o que marca mais. Suas roupas coloridas, a alegria, o trabalho "magístico", esbarram em muitas ocasiões com a forma 'teológica' com a qual a doutrina espírita está acostumada, desde Allan Kardec.

Em resumo, ciganos espirituais são tratados com desconfiança em alguns centros e mal compreendidos em outros. De maneira geral, há pouco conhecimento e muito preconceito. Ponto Final.

E é isso que a autora desmistifica no livro. Ela mostra a essência da força cigana enquanto auxílio espiritual. Que eles e elas foram como nós, riram, choraram, passaram momentos difíceis e, justamente por isso, compreendem nossas fraquezas e sabem como agir para ajudar.

Mas que é preciso entender urgente que essa ajuda não é egoísta ("ah quero arrumar namorado/a", "ah quero ganhar dinheiro"). Ela é uma ajuda, como todas as ajudas espirituais sérias, no sentido da evolução do ser. Mas isso ainda não foi totalmente compreendido por aqui.

Assim como entidades de Pretos Velhos, Caboclos e etc. que têm um conhecimento GIGANTESCO a passar, fora o amor e carinho por seus 'filhos'; mas que são interpretados como 'segunda linha', ou 'macumba', 'coisa do demônio' e etc etc.

Para não me estender muito, já que não é o foco do blog, e que essa discussão espírita é enorme (Leiam as obras Robson Pinheiro, com 'Pai João' e entenderão quanto chão temos pela frente)... Recomendo a leitura para quem tem a mente e o coração muito abertos.

É um livro lindo. Mas as sábias palavras ciganas precisam de mentes capazes não só de compreender, como disseminar todo o amor.

P.S: A história que mais amei foi a da Cigana Rosa. Motivos não faltam para amar tudo que ela foi e fez por seus filhos espirituais.

[caption id="attachment_372" align="aligncenter" width="300"]'Ela é a cigana formosa, cigana Rosa' (Sim. o quadro é de minha autoria. Além de escrever eu amo pintar <3) 'Ela é a cigana formosa, cigana Rosa' (Sim. o quadro é de minha autoria. Além de escrever eu amo pintar <3)[/caption]

Outros Posts

1 comentários

Buscar no Blog